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barulho de fundo

quem tem alma não tem calma.

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Qua | 07.08.24

Fica com tudo, mas não me fiques com os tupperwares

- diz a minha mãe

Maria Delgado Carvalho

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Já não é de agora, este tema tem barbas. Mas, a verdade é que ainda não consegui arranjar um bom argumento que justifique esta questão: Porque é que as mães não nos pedem nada em troca, a não ser os malfadados tupperwares?

 

Não nos pedem de volta tachos, roupa, DVD´s (sou muito antiga, tenho imensos DVD´s)... mas quando se trata dos tupperwares, a conversa muda de tom e viram verdadeiros bichos!

Experimentem levar restos de casa dos vossos pais ou pedir uma destas caixinhas mágicas emprestada, e vão ver!

 

Desengane-se aquele que acha que é pelo valor deles. Todos temos uma noção de que não são baratos, muito menos a nova versão em vidro, em que apenas a tampa é plástico. Mas o filme repete-se até com as caixas fornecidas pelos supermercados que têm serviço de take-away, aquelas transparentes, que fecham mal e deixam verter o molho e a sopa facilmente ou as caixas de gelado, depois de usadas.

 

E não é um problema familiar, ou seja, cá de casa. É um problema a nível planetário, materno, mesmo! Quem tem mãe, tem guerra com a devolução dos tupperwares, ou melhor, com o atraso da mesma!

Enquanto não é feita a entrega, as mães ligam insistentemente, antecipam visitas, pressionam encontros, questionam e questionam, relembram... até conseguirem o objectivo: reaver o objecto "perdido"... em nossa casa.

 

Arranjei uma solução. Não é a melhor, mas é a mais eficaz, em prol da sanidade mental que envolve esta questão: papel de alumínio para tudo. Quando se trata de molho ou sopa, nada a fazer. Ficam em terra, para consumo no próprio local.

 

Será que quando os meus filhos sairem de casa, vou virar bicho por meia dúzia de caixas de plástico?

 

Fica a questão (e o desabafo)!

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