O [des] encantado mundo do Instagram
O Instagram deixou de ser o Instagram.
Perdeu a sua essência. Esqueceu as suas origens. Ganhou ruído.
Ando zangada com o algoritmo. Ele anda um bocadinho baralhado em relação a mim e aos meus gostos.
Quer à força toda que eu suspire por uma nova profissão, que cozinhe desalmadamente e que leia tudo o que são livros de auto-ajuda.
Nada disto faz match comigo!
Coaching. E mais coaching. E continua o coaching. A auto-ajuda. A saúde mental. O bullying nos comentários.
Temas esmiuçados ao limite. Famílias perfeitas, à lupa de lentes cor de rosa.
A luta pelos seguidores.
Páginas e páginas de partilha de livros. Marketing digital. Empreendedorismo.
Agora tudo é fácil. Agora tudo é rápido. Agora tudo é possível.
Tudo chave na mão. Negócios ao minuto.
Não quero ser pessimista ou desmancha prazeres. Mas como diria a malta que comenta no Instagram, o Instagram deixou de ser Top e passou a ser too much.
É uma pena.
Que venha de lá a esperteza desse algoritmo para me voltar a dar aquilo que será sempre a sua essência: a simplicidade, sem todo este barulho de fundo.
