Sofro muito... de falta de privacidade
Ora aqui fica mais um tesourinho comum a todas as mães: falta de privacidade!
Fui mãe pela primeira vez há 14 anos e a segunda há 10.
Sempre me lembro de querer ser mãe. Achava que ia ter 8 filhos... fiquei-me pelos 2 maravilhosos rapazes.
Meiguinhos, companheiros, divertidos, improváveis, mas muito melgas da mãe desde o primeiro dia... os dois!
Onde estiveres eu estou, já dizia Pedro Abrunhosa. Onde eu estiver, o Duarte e o Vasco certamente que também estarão, no minuto a seguir!
Eu vou tomar banho... eles vão lavar os dentes.
Eu vou arrumar a cozinha... eles encostam-se à máquina de lavar loiça.
Eu vou ler um livro... eles empoleiram-se nos meus ombros.
Eu digo que vou à mercearia... ainda não abri o carro, já eles estão à porta, à espera.
Na praia... apesar do espaço disponível, é na minha cadeira que estão.
Eu vou ao quarto arrumar roupa... eles deitam-se na cama à minha espera.
Vou ao quarto deles... e vêm atrás.
E no sofá... haja espaço, que ele não é ocupado. Quanto mais agrafados a mim melhor!
Vou fazer xixi... esperam sentados à porta porque há sempre alguma coisa que não pode esperar que eu saia. Mas já foi pior. Até há bem pouco tempo, entravam por ali dentro e sentavam-se ao meu lado, comigo, sentada na sanita!
Vou jantar com amigas, passam a vida a ligar.
Privacidade zero. E... posso respirar sozinha?