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barulho de fundo

quem tem alma não tem calma.

barulho de fundo

quem tem alma não tem calma.

02.07.25

Currículo com data de validade

  Currículo com data de validade. Há uma fase na vida em que a experiência deixa de ser valorizada e começa a ser tolerada. Acontece por volta dos 45. Para alguns, mais cedo. Para outros, nem tanto. Mas o padrão é claro: chega um momento em que o mercado de trabalho olha para profissionais experientes e já não vê um activo. Vê um risco.   Não é uma exclusão declarada. Ninguém diz Já tem demasiados anos. Mas sente-se. No silêncio que começa a crescer em volta de quem, (...)
01.07.25

O pobre coitado,

limitado pelas circunstâncias

O pobre coitado limitado pelas circunstâncias. Há muita indulgência na forma como olhamos para os que não foram longe. Dizemos que foi o bairro, a infância, a escola, a falta de apoio. Dizemos que não tiveram oportunidade. Que não era o momento certo. Que o mundo foi injusto. E dizemo-lo com um tom de pena que se confunde com desculpa.   O problema é que essa desculpa instala-se. Torna-se confortável. Justifica a inércia, tanto de quem fica para trás como de quem observa, (...)
01.04.25

Reuniões,

o desporto nacional que ninguém pediu

Portugal tem tradições incríveis: o bacalhau. Os santos populares. As filas para os centros comerciais. Mas há uma que ultrapassa tudo e todos. Um verdadeiro património imaterial: as reuniões.    É que, em Portugal, não se pode simplesmente tomar uma decisão. Resolver um problema. Enviar um email.     É preciso uma reunião. E depois outra para discutir o que foi dito na primeira. E mais uma para decidir quando será a próxima. A lógica é simples: se há um problema, em (...)
26.12.24

Go with the flow

Não gosto da palavra Empreendedor, Empreendedorismo... no meu tempo, era um tremendo aventureiro, que decidia alterar o rumo das coisas e tentava a sorte numa área que, geralmente, nem era a sua. Um em dez mil. Hoje,  crescem como cogumelos e ainda bem. Há pessoas a arriscar, a sair da caixa, a tentar e a errar. A errar muito, mas a fazer acontecer.   Crescem as ideias e crescem as pessoas. Faz-se mais. Partilha-se mais. Experimenta-se muito mais. E todos ganhamos com isso. N (...)
25.10.24

#Influencer

Não sei o que me irrita mais... Se a palavra Influencer. Se Influenciadora. Se o facto da profissão de Influencer agora ser um posto. No meu tempo, a antiguidade, sim, era um posto. E pior, são as ditas que se auto-intitulam disso mesmo. Porque as que realmente são, limitam-se a ser.   Ódios de estimação à parte e porque se trata apenas de nomenclaturas e pouco mais, o desabafo hoje vai mesmo para a profissão. Tal como em todas as profissões, há Influencers e Influencers. (...)
09.10.24

Podcasts, o início do Plano B

O mercado de trabalho está saturado. Para mim, então, está saturadíssimo. Já são 46 anos e meio e está fora de questão sair de uma empresa para entrar noutra.   Pica-ponto, liberdade de escolha e autonomia q.b., bom ambiente, mas com luta de egos à mistura. Muitas conquistas e algumas perdas. Avanços e recuos. Quase uma década na mesma empresa. Esta é a minha realidade.   A todos, em qualquer altura, chega esta Hora H. "H" de desmotivação, marasmo, falta de ar, "H" de (...)
04.10.24

"Isto é gozar com quem trabalha"

Alerta ao mulherio

Não se consegue perceber a disparidade de ordenados entre homens e mulheres. Se fosse em trabalhos físicos, que exigem força de braços, eu até dava de barato. Mas esta diferença é mais significativa em quadros superiores, onde o que se quer são maiores competências, liderança... Não percebo, nem faço esforço algum para perceber. Porque não há uma justificação possível.    Portugal no seu melhor... pensamos nós. Na na ni na não! Não sejamos más línguas. Portugal (...)
25.09.24

Nunca é sobre dinheiro

- insatisfação no trabalho

A insatisfação no trabalho é muito difícil de gerir. A verdade, é que quase toda a gente está insatisfeita.   Nunca é só sobre dinheiro. Aliás, raramente é sobre dinheiro.  É sobre a monotonia em que vives e a falta de vontade das chefias para contornarem o teu marasmo. Porque cuidar das pessoas dá trabalho. E o que é que ele pensam: assim como assim, vira o disco e toca o mesmo, e continuam sempre insatisfeitas... mais vale não mexer as águas. Falta-lhes empatia. (...)