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barulho de fundo

quem tem alma não tem calma.

barulho de fundo

quem tem alma não tem calma.

24.04.25

Tudo na palma da mão,

poder ou maldição

Telemóvel.  Carregamos um oráculo no bolso. Na mala. No casaco. Um dispositivo que responde a tudo. Recomenda-nos o que comer. Sugere-nos o que vestir. Lembra-nos do aniversário daquele primo que não vemos há anos.  Poupa-nos às filas. Dá-nos mundo. Mas será que nos traz mais liberdade ou aprisiona-nos?   Resposta imediata que vem até nós de jacto. Quer seja para procurar um livro ou encontrar a receita do bolo sem glúten às três da manhã. A internet nunca dorme. E (...)
23.04.25

Guardar sem motivo é um começo

Guardar sem motivo é o primeiro passo para criar uma história que só eu saberei contar...   Já coleccionei bilhetes de concertos, borrachas com cheiro, pequenas folhas de blocos. Continuo a coleccionar conchas trazidas do mar. Pedras com formatos improváveis encontradas em caminhadas distraídas. Mas também colecciono momentos. O que aparece. Pequenos flashesde vida que não se encaixam em lugar nenhum, mas que, por algum motivo, teimam em pedir-me abrigo. Faço isso. Sem (...)
17.04.25

Cirque du Soleil

sem spoiler

Cirque du Soleil, Lisboa. Eu estive lá.  Não foi a primeira, nem a segunda vez. Não será a última, espero. Miúdos, muitos. Adultos com o coração a transbordar de infância. Não saímos indiferentes. Saímos tocados. Como se alguém tivesse acendido uma chama esquecida. Mas não é só o espectáculo. As acrobacias. E os números que desafiam as leis da Física. São (...)
10.04.25

O encanto dos aeroportos,

histórias entre partidas e chegadas

Há algo de fascinante nos aeroportos. Histórias que se cruzam. Sonhos. Despedidas. Lugares onde o tempo parece correr em dois ritmos. Para quem espera e para quem parte. Ponto de passagem, sim. Espaço funcional que nos leva de um lugar ao outro, também. Para mim [olhar atento] revela-se um cenário rico. Literário. Cada pessoa, cada porta de embarque. Um enredo.   O aeroporto é um organismo vivo que nunca dorme. Por entre malas e passos apressados, histórias começam e histórias (...)
09.04.25

Viagens de carro,

entre o fluxo dos pensamentos e o vazio revigorante

É tão bom fazer viagens de carro. Não as viagens longas. De férias. Planeadas com antecedência. Carregadas de malas e roteiros. Refiro-me às outras. As do dia-a-dia. As que faço sozinha. Com a cabeça em piloto automático. Em que simplesmente me deixo levar pela estrada. Aquelas em que entro no carro. Ligo o motor. Ajusto o banco. E sem pensar, já estou a caminho. Para parte nenhuma.    Sem que me aperceba, cheguei ao destino. Não me lembro do trajecto. Como é possível? (...)